AEB mantém previsão de queda das exportações em 2012, com superávit de apenas US$ 3 bilhões

01/05/2012 on News

O superávit de US$ 29,7 bilhões, registrado na balança comercial brasileira no ano passado, surpreendeu, “porque o valor das importações foi muito baixo”, disse hoje (2) o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. As exportações somaram no ano US$ 256,04 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 226,25 bilhões.

Divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o resultado, como um todo, “foi muito bom. US$ 29 bilhões de superávit no momento em que o mundo começa a ter uma certa dificuldade é um ótimo resultado, sob todos os aspectos. O aumento de 47,8% (no saldo comercial) é excelente”, avaliou.

Para 2012, porém, a AEB estima que as exportações vão cair para algo em torno de US$ 236,580 bilhões, em função do cenário internacional adverso. As importações alcançarão US$ 233,540 bilhões, o que irá gerar um superávit no ano de apenas US$ 3,040 bilhões. A queda estimada em comparação ao saldo de 2011 é 79,5%.

“As exportações, de uma forma geral, em dezembro, mostram queda de preço em quase todos os produtos, principalmente aqueles que interessam, que são minério de ferro e complexo soja. É exatamente isso que vai ter impacto em 2012. Os produtos terão uma queda de preço e, eventualmente, queda de quantidade. E isso vai refletir na redução das exportações”, disse.

Em relação às importações, Castro acredita que, em princípio, o ritmo deverá ser mantido. “Porque o próprio governo admite que o crédito no mercado interno cresce 15%, o consumo vai ser estimulado, os juros devem diminuir. E é um ano eleitoral em que o governo tem interesse de manter a economia aquecida”.

Na avaliação do presidente em exercício da AEB, ainda não é desta vez que o Brasil vai priorizar a exportação de produtos de maior valor agregado na sua pauta. “Enquanto nós não tivermos uma reforma tributária, uma redução da carga tributária e dos juros, e melhoria da infraestrutura, nós vamos continuar sendo um país exportador de commodities [produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior]. Não que não queiramos exportar manufaturados, mas é que os entraves internos inviabilizam a exportação de manufaturados hoje”, declarou.

José Augusto de Castro reiterou que no mundo globalizado e competitivo, o Brasil ainda apresenta entraves internos que precisam ser eliminados.

We use cookies to analyse and customise our content for you. Browsing our site, you consent ABIMAD to use cookies for these purposes. For more info, visit our Privacy Policy.

OK

Privacy Overview

This website stores and/or accesses information on your device to improve your experience while you navigate through the website. Cookies, the cookies that are categorised as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyse and understand how you use this website. These cookies will be stored on your browser only with your consent. If you have more questions, you can visit the “Privacy Policy” on our page.

  • Necessary
    Always Enabled

    Cookies strictly necessary for the website to function properly. This category only includes cookies that ensure basic functionalities and security features of the website.

  • Analytics

    This website uses Google Analytics to measure content performance and improve our service.

  • Videos

    We use YouTube to display video content.

  • Functional

    We use a third-party social media service. This feature will only work with functional cookies enabled.

Confirm